Comemoração de 100 anos mesmo improvisada por conta da pandemia emocionou a aniversariante no fim de semana
A pandemia do novo coronavírus e a necessidade do isolamento social fizeram com que o almoço de domingo com toda a família em um restaurante cuja mesa já havia sido reservada no início do ano tivesse de ser cancelado. O que não mudou, no entanto, foi a vontade de festejar, nem que de maneira improvisada, o centenário da matriarca da família Ferreira Alcântara. Dessa forma, dona Maria Olivia pôde celebrar o aniversário de 100 anos, completados no dia 17, rodeada, ainda que a distância, de todos os que ama.
Moradora do bairro Pinheiro, em São Leopoldo, dona Maria não imaginava que fosse receber homenagens e rever amigos no último sábado (18). A festa, organizada pela neta, a assistente financeiro Viviane Muniz Alcântara, 45, foi repleta de emoção. “Não queria deixar passar em branco. Procurei aplicativos para que pudéssemos fazer uma videoconferência. Pelo What’s mandei os convites e organizei com todos que gostariam de participar, no horário e dia marcados. Foi assim que conseguimos reunir bisnetos, tataraneto, que está em São Paulo, alguns filhos de amigas que moram em Portugal”, diz Viviane.
Segundo a neta, a vó estranhou conversar pelo computador. “Ela achou diferente ver todo mundo na ‘televisão'”, diverte-se. “Mas ela conseguiu olhar e conversar com as pessoas no computador. Reunimos um grupo e cantamos os parabéns. Foi muito bonito. Teve uma amiga que tocou violão, tocou piano. Ela estava muito feliz”, recorda.
Mensagem na calçada Mais tarde, dona Maria foi agraciada com uma mensagem ao vivo na calçada de casa. ” Achamos que ela ia gostar, mas não ia perceber o que estava acontecendo. E ela nos surpreendeu. Ela ficou emocionada, chorou. Foi muito bonito”, comenta Viviane.
Segundo Viviane, dona Maria, tem dois filhos, um deles já falecido, três netos, três bisnetos e dois tataranetos. “Ela é uma pessoa que está sempre sorrindo e que gosta de viver. Tem a saúde muito boa e de vez enquanto gosta de tomar uns goles de cerveja. Ela tem momentos de lucidez e ainda reconhece as pessoas que estão mais próximo, só não está caminhando, pois tem um problema no joelho e não consegue parar em pé”, conta a neta. “Estou feliz, pois consegui fazer dar certo uma coisa que achei que ficaria em branco. Tenho certeza que para todos que participaram e para ela ficará guardado na memória”.