A prorrogação das dívidas de custeio do Pronaf e do Pronamp foi autorizada por até três anos, com um limite de R$ 90 mil por produtor. Essa renegociação é limitada a 8% do saldo das parcelas das operações de custeio com equalização de encargos financeiros pelo Tesouro Nacional. Apesar disso, os produtores gaúchos continuam mobilizados, preocupados com uma possível nova seca na próxima safra. Eles acreditam que essa medida representa um repasse de responsabilidade do governo para os bancos, que poderão definir os juros conforme desejarem.
Para garantir condições para o novo plantio e ajudar os produtores que enfrentaram prejuízos consecutivos nos últimos cinco anos, eles reivindicam dois anos de carência e dez anos para quitar as dívidas com os bancos. Bruno Borjão destaca que, no Rio Grande do Sul, produtores de diversas culturas estão enfrentando dificuldades devido a catástrofes climáticas passadas.
Borjão também menciona a situação preocupante de produtores que cometeram suicídio diante das dificuldades financeiras. Além disso, muitos agricultores foram notificados para devolverem maquinários devido aos atrasos nos pagamentos. Com custos de transporte elevados e pedágios caros, a situação dos produtores fica ainda mais complicada.
Mesmo com as críticas de que exportam tudo, os produtores explicam que apenas o excedente é exportado, enquanto o governo determina a reserva nacional. As manifestações dos produtores continuam em várias cidades do Rio Grande do Sul, mobilizando máquinas nas rodovias, como na BR-290, com liberação intermitente do trânsito. É importante que os motoristas estejam atentos ao passar por essas regiões.