A notícia ecoa com o estrondo de uma tempestade iminente: o empresário e cantor Almir Matias foi preso preventivamente pela Polícia Federal (PF) em São Paulo, como parte da Operação Ar Puro. Essa investigação mira a aquisição de respiradores proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), por sua ineficácia no tratamento da doença respiratória associada ao coronavírus. Levado para a sede da PF em Santos, Matias enfrenta uma série de acusações graves, incluindo corrupção ativa, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro.
Enquanto o empresário permanece sob custódia, ele também é alvo de investigações relacionadas à Operação Nácar, em Guarujá, e a outro caso recente em Cubatão, ambas ligadas a contratos na área da saúde. O Ministério Público Federal (MPF) o tem sob a mira por supostas fraudes em contratos em ambas as cidades, com o objetivo de desvendar possíveis crimes de corrupção, desvio de recursos públicos e outros delitos correlatos, envolvendo verbas federais.
A prisão de Matias sinaliza um novo capítulo na história política recente desses municípios. O empresário é suspeito de ser o proprietário de outras organizações sociais que detêm contratos públicos, e a denúncia encaminhada à Justiça Federal aponta para danos expressivos: estima-se que ele seja responsável por prejuízos na ordem de R$ 109,4 milhões em Guarujá, além de quantias significativas em Cubatão e Caçapava.
Essa reviravolta nas investigações não apenas expõe a extensão dos supostos crimes cometidos, mas também lança uma sombra sobre a integridade do sistema público de saúde e as práticas empresariais na região. Enquanto o caso se desdobra, a sociedade aguarda por respostas e justiça, buscando garantir que aqueles responsáveis pelas transgressões sejam responsabilizados de acordo com a lei.