Segunda lua cheia em um único mês, evento cósmico acontece a cada 2,5 anos. Apesar do nome, a lua não fica necessariamente da cor azul, mas névoa deixou o registro azulado. Lua Azul foi registrada pelas câmeras do Observatório Espacial Heller & Jung, com sede na Região Metropolitana de Porto Alegre
Divulgação/Observatório Heller & Jung
A Lua Azul, fenômeno cósmico raro, foi registrado pelo Observatório Espacial Heller & Jung, com sede em Taquara, na Região Metropolitana de Porto Alegre, na madrugada de sábado (31) e de domingo (1º).
O evento acontece a cada 2,5 anos. O último registro havia sido em 31 de março de 2018.
A Lua Azul é registrada quando um mês tem duas luas cheias. O ciclo lunar, período em que ocorrem todas as fases da Lua, se repete a cada 29,5 dias ou mais.
Para que a Lua Azul ocorra é necessário que a primeira lua cheia ocorra no primeiro ou segundo dia do mês, e que este mês tenha 31 dias. Assim, é provável que apareça uma segunda lua cheia.
Apesar do nome, o fenômeno nem sempre tem a cor azul. No registro do observatório, no entanto, a névoa presente em parte da madrugada fez com que a imagem ganhasse tons azulados.
Entenda o fenômeno da “Lua azul”, que só acontece a cada 2,5 anos
“Nesta madrugada [de domingo] esteve mais sem cor”, comenta o professor Carlos Fernando Jung, proprietário do observatório e diretor científico da Brazilian Meteor Observation Network (Bramon).
Outra imagem mostra o efeito que a luminosidade da lua cheia proporcionou entre as nuvens. “A noite ficou dia”, diz Jung.
O termo Lua Azul é usado desde 1940, segundo a Nasa, e tem relação com a erupção do vulcão Krakatoa, na Indonésia, em 1883. A névoa de poeira cobriu grande parte do planeta causando um efeito visual peculiar: as pessoas observaram amanheceres e entardeceres verdes e a lua azul durante o ano todo. Este foi um dos fatos que influenciou a expressão Lua Azul.
Segunda lua cheia em um único mês, a Lua Azul acontece a cada 2,5 anos
Divulgação/Observatório Heller & Jung
Luminosidade do fenômeno fez com que a madrugada tivesse claridade
Divulgação/Observatório Heller & Jung
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